Breve Reflexão sobre Imaginação e fantaisa

26-10-2015 13:05

“(…) os homens são anjos nascidos sem asas, é o que há de mais bonito, nascer sem asas e fazê-las crescer, (…)”

José Saramago[1]

Introdução:

Este texto tem como objectivo efectuar uma breve reflexão sobre a imaginação e a fantasia. Será que se trata da mesma coisa, da mesma ideia, ou trata-se de termos que têm a ver com diferentes ideias que expressam diferentes realidades? Por outro lado, embora se reconheça a importância da fantasia no trabalho clínico, no que diz respeito ao desenvolvimento do psiquismo, contudo não será objecto de estudo a fantasia numa abordagem psicanalítica[2], encarada por Freud, Melanie Klein e Lacan, passando pela expressão das fantasias no brincar de Winnicott.

Desenvolvimento:

Por vezes ao referirmo-nos a estes dois termos temos o hábito de os confundir e integrar, tornando-se difícil a sua definição e até mesmo torna-se confuso expressar qual a melhor explicação para cada um deles e muitas das vezes nem sequer divisão entre eles fazemos.

Segundo Rodari (2006), se observarmos com atenção verificamos que as palavras imaginação e fantasia durante muitos anos pertenceram exclusivamente ao campo da história da filosofia. A própria psicologia só há poucos anos é que se preocupou com estes termos. Este autor chega a afirmar que por isso não é de estranhar que a imaginação, nas nossas escolas, ainda seja tratada como parente pobre” (Rodari, 2006:193), sendo domesticada pela razão (Araújo & Baptista, 2003). 

Munari (2007:9), começa o seu livro “Fantasia”, afirmando:

“Um estudo sobre a fantasia pode parecer a muitos uma tarefa impossível.Para algumas pessoas a fantasia é capricho, bizarria, excentricidade. Para outras é ficção, no sentido de não realidade, desejo, génio, inspiração. Para alguns camponeses é a dança popular. Para outros é alucinação, ideia fixa, cisma. Pode ser entendida como devaneio, como fantasmagoria, como inspiração, como inclinação. Para os militares é um exercício que se faz de vez em quando, em divergência com os normais Regulamentos Rigorosos. A fantasia também é irregularidade, fazer as coisas ao acaso, à toa. E depois, como se não bastasse, não será a invenção também fantasia? E não será a fantasia também invenção? E como a relacionamos com a imaginação? Uma mentira é fantasia, invenção ou imaginação? Mas a imaginação não é também fantasia? (…)”

Antes de mais importa então fazermos uma diferenciação em termos dos dois conceitos. Ao se falar em fantasia normalmente é muito comum entendermos a fantasia como sinónimo de ilusão. Vejamos a sua definição no dicionário da Porto Editora: 

“s. f. Imaginação criadora; faculdade imaginativa; coisas imaginadas; espírito; ideia; ficção; imagem fantástica; capricho da imaginação de um pintor, poeta ou músico; concepção; vestuário para disfarce no Carnaval e noutras festas; (…)”

 Por seu lado, em relação à imaginação:

“ s. f. acto ou efeito de imaginar; faculdade de inventar, de conceber, unida ao talento de reproduzir vivazmente essas concepções; fantasia: pensamento; coisa imaginada; cisma; superstição; apreensão; devaneio; crença errónea, - reprodutora ou memória imaginativa; função de representação do passado sob a forma concreta de imagens; - criadora ou inventiva: função combinatória de novos conjuntos de imagens; capacidade de representação de objectos, acontecimentos ou relações ainda não observados. (Do lat. imaginatiône -, «imagem»).

Podemos afirmar que a imaginação é uma capacidade da nossa mente, que deverá ser facilitada e estimulada desde criança até na idade mais avançada de forma a podermos ginasticar a própria mente. Trata-se assim de algo que deverá ser desenvolvido, e exercitado, tal como é efectuado na prática diária pelos atletas, pelos artistas, poetas, pintores, compositores, cantores, encenadores e até pelos cientistas, tal é o poder de que se reveste. Normalmente a capacidade imaginativa e criativa surgem associadas a capacidades mentais superiores, onde se inclui a própria inteligência. Trata-se da capacidade de assimilar e acomodar as diversas informações, os factos, a realidade e conseguir transformá-la, ou seja, a capacidade de projectar algo novo e diferente.

A imaginação é uma característica distintiva da inteligência humana e a criatividade é a aplicação da imaginação. Através da imaginação, podemos revisitar o passado, contemplar o presente e antecipar o futuro. Também podemos fazer algo cujo significado é profundo e único. Podemos criar”

Robinson (2010:66)

Estando o imaginário no centro de todas as actividades psíquicas (Durand, 2003:195), a imaginação não poderá ser encarada como uma faculdade psicológica secundária, nem auxiliar (Duborgel, 2003) e terá de ser encarada como a “rainha das faculdades” (Baudelaire, 1968, citado por Duborgel, 2003).

Da mesma forma, já o médico e pedagogo João dos Santos[3] (1913-1987), defendia a importância do sonho e da fantasia infantil e adulta, pois estão na base do pensamento (Santos & Monteiro, 2000).

“Imaginar é sempre perceber mais que perceber, ver sempre mais do que ver, saber para além de todos os saberes. (…) A qualquer dos níveis em que a imaginação não actua temos a repetição, a mecanização, a reificação, o morto, o estratificado, o necrosado. Sendo a fonte originária de tudo, nada se pode imaginar para além da imaginação. Tudo o que possa estar para além da imaginação é ainda e sempre a imaginação que o imagina, que se imagina.”

                                                                                      José silvestre (2003:655)

Através da imaginação o sujeito parte da observação, da percepção da realidade e consegue ultrapassar os limites dessa realidade conhecida. Segundo Postic (1992), imaginar é uma actividade de reconstrução, de transformação do real em função das significações que atribuímos aos acontecimentos ou até através das repercussões interiores que têm em nós. Para Vygotsky (2012:142), “Todo o futuro do Homem é conquistado através da imaginação criativa”

Imaginação, criatividade, projecção e futuro estão relacionados e mantêm uma relação de grande proximidade. Tudo aquilo que é criado é fruto da imaginação, da imaginação criadora e criativa. As grandes criações não são obra de simples ilusões e devaneios, mas sim resultam de grande trabalho de inspiração e criação, onde as várias fases do processo criativo estão presentes e são constantemente alvo de avaliação.

É graças à faculdade imaginativa que o Homem tem a capacidade criativa de projectar e antecipar o futuro, de construir o futuro. É graças à imaginação e não à fantasia. Daqui podemos desde já estabelecer uma diferença entre a imaginação e a fantasia. Enquanto a imaginação parte da realidade, do mundo conhecido, a fantasia situa-se fora da realidade, distancia-se e ultrapassa os limites da realidade conhecida. Por norma os seres que habitam o mundo da fantasia são seres poéticos e revestidos de inúmeras potencialidades, são seres fantásticos que vivem no mundo da fantasia, onde tudo é possível, onde existem soluções para todas as diferentes situações, que normalmente têm sempre um desfecho feliz. Podemos referir o caso do “Bicho-mau ” que o adulto inventa e coloca desde cedo no mundo da criança, como forma de o controlar e/ou educar, servindo para lhe transmitir valores e facilitar-lhe aprendizagens.  

A fantasia é perpetuada no tempo e no espaço através da própria cultura, através da divulgação das histórias dos contos de fadas, das lendas, dos mitos, das fábulas. Poderíamos estar a referenciar inúmeras histórias e personagens do mundo da fantasia, tal como o lobo mau, a bruxa-má, os príncipes e as princesas, o chapeuzinho vermelho, os três porquinhos, o Peter Pan, o Pinóquio, a bela adormecida, entre muitos outros, que funcionam como instrumentos facilitadores das crianças poderem dar sentido, forma, rosto e significado às suas sensações, emoções, sentimentos, do seu próprio mundo interno.

Através das histórias construídas, narradas e vividas, brinca-se como se fosse o real. Com um risco constrói-se uma linha, que facilmente se transforma numa lança, num lápis, com um conjunto de riscos, conseguimos construir uma vedação, ou transformar os riscos e construir uma casa onde se pode viver e ser feliz.

Imagens representativas de algumas histórias populares - Retirado: www.google.pt

Obs:  Veja o filme e relembre-se dos "92 anos de Walt Disney em 92 segundos. Ainda se lembra do seu preferido? Pequena Sereia, Bela Adormecida, Pocahontas, Peter Pan, Rei Leão, Pinóquio, A Espada era a Lei, Alice no Pais das Maravilhas ..."  moticon

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Para Munari (2007: 23), a “fantasia é a faculdade mais livre de todas as outras”, ela é livre de pensar o que quiser, até o mais absurdo, incrível ou mesmo impossível. É capaz de pensar em coisas absolutamente novas, que nunca existiram, sem se preocupar em aferir se o que pensa é verdadeiramente novo.

A fantasia serve como uma excelente recurso, veículo que permite mostrar e representar a dupla face do mundo e da realidade, o lado certo, bom, honesto, justo e sadio e o lado errado, mau, desonesto, cruel, injusto e não sadio.

“Com as histórias e os procedimentos fantásticos, para produzi-los ajudamos as crianças a entrar na realidade pela janela, em vez de passarem pela porta. É mais divertido: portanto é mais útil”

Rodari (2006:43)

Trata-se de um caminho que todas as crianças e adolescentes devem percorrer e que necessitam efectuar para se desenvolverem quer ao nível motor, afectivo, emocional, espiritual, cognitivo, mas também social.

Tornam-se assim excelentes facilitadores para lidar/trabalhar com o real e o imaginário aproximando-os dessa mesma realidade, através do acto criativo e criador. É através do jogo, do fantasiar, que uma criança pode alternar em ser “ser médico, policia ou jogador de futebol”, que um boneco peluche poderá representar “o pai ou a mãe”, servindo como um mediador expressivo e criativo e contribuindo no seu desenvolvimento e na construção/formação da sua personalidade integral e integrativa, consolidando a sua identidade.

A imaginação tem a ver com a vontade do Homem, é regida e controlada pela vontade do sujeito, que imagina, cria e recria novos mundos, transforma imagens reais e ideias concretas, criando novas ideias, conceitos e imagens que podem ter vida, significado e valor no mundo real. Trata-se da transformação e recriação da própria realidade. Por seu lado, a fantasia é a transgressão da realidade, a entrada num mundo fantástico e é regido por ela mesmo, não tem direcção, a sua direcção é a não direcção. Trata-se de uma aventura ilusória. Para Munari (2007:11), a fantasia é “tudo o que antes não existia, ainda que irrealizável” 

Através da relação dialéctica e dialógica mantida entre o mundo interno, a fantasia, a imaginação e a realidade, o sujeito consegue ver mais longe, consegue ver, perceber e entender melhor o mundo, a realidade, assim como permite ver-se e entender-se melhor a si próprio e aos outros. Como se observa, imaginação e fantasia são muito importantes, encontram-se interconectadas e o triângulo composto pela fantasia/imaginação/realidade devem caminhar juntos, lado a lado, de forma a contribuírem no desenvolvimento das capacidades criativas. Normalmente a fantasia e a imaginação são encaradas como o combustível da criatividade.

Através do jogo produzido pelo acto de imaginar/fantasiar/criar o sujeito acede ao campo simbólico, e tal como dizia Piaget, esses jogos simbólicos constituem uma “autêntica actividade do pensamento”, daqui resulta a importância de se alimentar o imaginário[4] da criança, ao se desenvolver a função simbólica, com imagens, textos, sons, movimentos, representações. Tal como defende João dos Santos (1983), o pensamento vive da sua possibilidade de expressão: quer seja pela palavra, pelo grafismo, pela atitude ou pelo movimento. Quanto maior for o números de instrumentos expressivos postos ao serviço do sujeito, maiores possibilidades terá o seu pensamento de se desenvolver, de se exprimir, de se realizar ou de agir.

Segundo o pedagogo italiano Rodari, para acedermos ao conhecimento é preciso antes de mais imaginar-se. Este autor concebe a imaginação como uma estrutura formativa do ser humano, não sendo uma característica de alguns, nem um dom especial, mas sim faz parte de todos nós, é constitutivo da nossa própria humanidade. Para o autor, a imaginação é um instrumento fundamental para o desenvolvimento do conhecimento e da realidade, devendo ter o seu lugar no campo educativo (Rodari, 2006).

Para Postic (1992: 22), o movimento dialéctico entre o imaginário e o racional é o que assegura o equilibrio dos sujeitos.

Um autor que enfatizou a importância da imaginação como fundamento de toda a actividade criadora, foi o psicólogo russo Lev Vygotsky (2012), através do livro “Imaginação e Criatividade na Infância”, no qual defende que a actividade criativa acarreta a concepção de algo novo que somente o homem pode produzir. Neste processo, a imaginação apresenta-se como um potencial da nossa mente que nasce através das imagens sensoriais, arquivadas na memória, podendo ser encarada sob duas formas, distintas entre si, a imaginação reprodutora e a imaginação criativa.

A primeira, imaginação reprodutora, tem a ver com a capacidade de reprodução, adquirida através da combinação de imagens, de forma livre e descomprometida sem objectivo pré-definido. Está directamente relacionada com os processos de memória e consiste na cópia, por parte do sujeito, de situações passadas, objectos ou elementos apreendidos, dados de experiências afectivas, entre outros.

A segunda forma - imaginação criativa, e atendendo que a vida do ser humano não se limita a reproduzir experiências, a reproduzir o passado, pois seria uma pessoa orientada apenas para o passado e seria incapaz de se adaptar ao futuro, ultrapassa a própria memória, designa-se por imaginação criativa. É a actividade que combina e cria novos elementos, vivenciados ou não pelo sujeito, através da união e da combinação de ideias, experiências concretas ou subjectivas, originando novas formas, comportamentos e produtos. No momento em que se dá a concepção de novas imagens e acções surge o desafio e a ruptura com o já existente, produzindo algo inovador, nunca antes pensado, ou que ainda não tinha sido desenvolvido, aí estamos perante uma actividade criadora ou combinatória. Nesta concepção, todo o acto criativo nasce da imaginação que por sua vez tem origem no contexto histórico-cultural, no qual o sujeito se encontra inserido. Segundo o autor, a imaginação é pela sua natureza antecipatória, já que permite ir além do apreendido directamente. A imaginação (imaginatio), tem lugar no espaço potencial de desenvolvimento, espaço entre a realidade interna e externa.

Será nestes espaços intermédios, espaços transitivos, espaços transicionais, espaços potenciais, zona de ilusão (Winnicott, 1975) zona de desenvolvimento próximo (Vygotsky, 2001), espaço de síntese mágica (Arieti, 1976), que residirá a capacidade de transformação, daí a importância que quer no campo terapêutico, quer no campo educativo e pedagógico deverá ter como meta e desafio, para promover e estimular o desenvolvimento de diversas actividades planeadas, organizadas e sistematizadas de forma a facilitar a estimulação e a transposição desta área. A experiência de brincar e de aprendizagem ocorre nos espaços intermédios, que representam espaços fronteiriços, fendas, frestas, zonas entre o individuo e a sociedade, entre a razão e a emoção, entre a fantasia e a realidade, entre o caos e a ordem, pelos quais devemos caminhar e passar para assim podermos melhor compreender a subjectividade do sujeito.

Concordamos com Munari (2007), quando afirma tornar-se difícil estabelecer uma fronteira rígida entre a fantasia, a invenção e a criatividade. Segundo o autor, devem estar sempre disponíveis e funcionar em perfeita harmonia, evitando juízos de valor, preconceitos, ideias pré-concebidas, modelos e estilos, já que tudo isso trava a livre manifestação da criatividade.

A imaginação surge assim indissociável da criatividade, já que o impulso criativo tem origem no poder imaginativo do sujeito e do grupo. O grande potencial do ser humano é a fantasia e a capacidade de imaginação. Através da imaginação o sujeito consegue viajar do passado para o futuro, passando pelo presente, conseguimos fazer inúmeras viagens, para diversos destinos, na companhia de quem desejarmos, atravessamos terras, culturas, gentes, locais, tempos e histórias diferentes.

Para o conhecido autor francês Marcel Postic, que realçou o papel do imaginário na relação pedagógica, imaginar além de ser evocar seres, dotá-los de vida e colocá-los em diversas situações, é criar um mundo à medida das fantasias. Na imaginação tudo é possível, tudo é realizável (Postic, 1992).

“A fantasia, a invenção e a criatividade pensam, A imaginação vê”

Munari (2007:19)

Assim conseguimos transpor dificuldades, angústias, receios, medos, superando-nos a nós próprios, surpreendendo-nos a todo o momento. Trata-se de uma viagem sem fim, sem hora, um espaço receptivo a todos os imprevistos, aberto ao infinito. Neste sentido, toda a actividade humana que não se limite à reprodução de acções ou impressões vivenciadas, mas que crie e recrie novas imagens e novas acções, deverá ser continuamente estimulada e incentivada. É através da imaginação criativa e criadora que faz do homem um ser capaz de se projectar no futuro. Daqui resulta a importância do desenvolvimento do imaginário e da imaginação, em todo o processo de construção do conhecimento humano.

Desta forma, promovem-se novas formas de ver e pensar, facilitando aquilo que Rodrigues (2002:118) chamou de “autenticidade expressiva”, ao invés do estereótipo, como reprodução, repetição mecânica de esquemas de representação inexpressivas.

Jean-Paul Sartre dizia que “o acto de imaginação é um acto mágico”[5]

Lembramo-nos das sábias palavras de Einstein, quando dizia que a imaginação é mais importante que o conhecimento, o conhecimento é limitado, a imaginação envolve o mundo. O conhecimento científico é lógico, dedutivo, racional, sistemático e leva-nos de A para B. A fantasia e a imaginação levam-nos para onde quisermos.

            É tempo então de terminarmos esta breve reflexão e interrogarmo-nos a nós próprios, com algumas questões:

   -  Para onde queremos e desejamos ir?

   -  Porque será que o Homem contemporâneo tem tanto receio do estranho e do desconhecido?

   -  Porque o adulto não estimula nem alimenta a sua imaginação e a fantasia, sem receios, sem temores, sem juízos de valor e                  interpretações?

   -  Porque é que o imaginário continua sendo “colonizado pela razão”[6]

 

Referências Bibliográficas

Arieti, S. (1976). Creativity - The Magic Synthesis. New York: Basic Books

Duburgel, B. (2003). Imaginário e pedagogia. In: Araújo, A. F. & Baptista, F. P. (2003). Variações sobre o imaginário: domínios teorizações práticas hermenêuticas. Instituto Piaget. Pensamento e filosofia. Lisboa: Stória, Editores.

Durand, Y. (2003). Imaginário e psicologia. In: Araújo, A. F. & Baptista, F. P. (2003). Variações sobre o imaginário: domínios teorizações práticas hermenêuticas. Instituto Piaget. Pensamento e filosofia. Lisboa: Stória, Editores.

Munari, B. (2007). Fantasia. Lisboa: Edições 70, LDA.

Postic, M. (1992). O imaginário na relação pedagógica. Colecção Biblioteca Básica de Educação e Ensino. Porto: Edições Asa.

Robinson, K. (2010). O elemento. Porto: Porto Editora.

Rodari, G. (2006). Gramática da Fantasia. Lisboa: Editorial Caminho

Santos, J. (1983). Ensaios sobre educação - I - A criança quem é? Lisboa: Livros Horizonte.

Santos, J. & Monteiro, J. S. (2000). Se não Sabe Porque é que Pergunta? Colecção: Pelas Bandas da Psicanálise. Lisboa: Assírio & Alvim.

Silvestre, J. (2003). Posfácio do imaginário. In: Araújo, A. F. & Baptista, F. P. Variações sobre o imaginário: domínios teorizações práticas hermenêuticas. Instituto Piaget. Pensamento e filosofia. Lisboa: Stória, Editores.

Vygotsky, L. S. (2001). A construção do pensamento e da linguagem. São Paulo: Martins Fontes.

Vygotsky, L. S. (2012). Imaginação e Criatividade. Lisboa: Dinalivro.

Winnicott, D. W. (1975). O brincar & a realidade. Rio de Janeiro: Imago Editora.

 


[1] Saramago, J. (1982). Memorial do convento. Lisboa: Círculo de leitores, 116-117.

[2] Fantasia encarada como sinónimo da realidade psíquica e daí ser objecto de investigação da análise.

[4] Vários autores têm vindo a dar importantes contributos para a criação de diversas teorias da imaginação e do imaginário, afirmando que obedecem a uma determinada lógica e estão organizados em estruturas a partir das quais se podem formular leis, tais como Carl Gustav Jung, Mircea Eliade, James Hillman, Gaston Bachelard, Claude Lévis Strauss, Gilbert Durand, Paul Ricoeur, entre outros.

[5] Sartre (1940). L´ímaginaire, Ed. Gallimard.

[6] Expressão de Pierre Emmanuel citado por Postic (1992: 28)